Blog com trocas de atividades de incentivo à leitura na Educação Infantil.
domingo, 3 de outubro de 2010
domingo, 19 de setembro de 2010
Matéria: Leitura que vem do berço
Leitura que vem do berço
RIO - Ler ou não ler para o bebê, eis uma questão que David Dickinson, doutor em educação pela Universidade de Harvard, e Perri Klass, pediatra, escritora e professora de pediatria e jornalismo da Universidade de Nova York, garantem saber responder. Sim, deve-se ler e muito, a partir dos 6 meses de vida, mas sem deixar os olhinhos do neném arregalados com a maluquice de Hamlet ou as desgraças de Rei Lear. A recomendação dos super-especialistas é incluir, em meio à troca de fraldas, a mamadeiras, passeios e choros, o folhear diário das páginas de um livro apropriado para aquela faixa etária, cheio de cores e figuras (hoje não faltam opções nas prateleiras). Para eles, esta é a melhor forma de desenvolver a inteligência da criança e a sua linguagem oral e escrita, preparando-a para a alfabetização e aprimorando sua capacidade de aprender.
Que fique claro: a ideia não é transformar o bebê num minigênio. Os especialistas, que apresentaram pesquisas científicas na Bienal de São Paulo na semana passada provando como a leitura interfere no desenvolvimento cognitivo da criança, querem prazer e interação ao som da narrativa dos pais. Os benefícios desse ritual são insubstituíveis. Não adianta só conversar com a criança ou passear descrevendo as paisagens nem inventar aventuras. Tem que ler, mostrar formas e cores e fazer perguntas ao bebê o tempo todo, estimulando sua participação.
Dickinson e Perri vieram para cá a convite da ONG Instituto Alfa e Beto (IAB), em São Paulo, e abraçaram a iniciativa da criação de uma biblioteca para bebês e o lançamento de uma cartilha com dicas das técnicas de leitura mais adequadas para cada fase. O objetivo é tornar os livros mais acessíveis também às classes sociais mais baixas, porque Oliveira acredita que o ciclo vicioso da pobreza também passa pelo ciclo vicioso da transmissão da linguagem. O IAB também criou um catálogo com 600 títulos (sim, 600!, uma média de dois por semana, dos 6 meses aos 6 anos, cerca de 100 por cada faixa etária) para serem lidos antes do ingresso ao ensino fundamental. O objetivo não é listar os melhores livros, mas, sim, dar uma ideia para os pais dos tipos de publicação adequados para a idade de seus filhos.
- O texto escrito possui uma variedade de vocabulário e uma complexidade sintática que não é encontrada na linguagem oral, nem mesmo na fala informal de adultos com curso superior - explica o fundador do IAB, João Batista Oliveira, psicólogo com PhD em Educação. - Todos os estudos mostram que expor a criança desde cedo aos livros contribui para o desenvolvimento da linguagem e, consequentemente, para o seu sucesso escolar. A formação do hábito de leitura também é importante para que a criança se torne um ávido leitor, outro fator fortemente associado ao sucesso escolar.
Mas, para tranquilizar quem perdeu o primeiro bonde, Oliveira garante que nunca é tarde para começar. Só ressalta que, quanto antes o hábito fizer parte do dia a dia da criança, melhor:
- Além de desenvolver diversas competências ligadas à alfabetização e à linguagem, a leitura também fortalece o vínculo das crianças com os pais: eles gostam de ler com os pais porque gostam dos pais. Mas a leitura deve ser participativa. Um dos aspectos mais importantes é envolver a criança, desde cedo, no processo de escolha de livros. Pergunte sempre qual a criança prefere, deixe que ela manifeste seus interesses ou crie novos. A escolha leva ao compromisso - garante o fundador do IAB.
Pelas pesquisas americanas apresentadas, das 12.500 crianças que fizeram teste de vocabulário aos 5 anos, as de famílias mais pobres tinham quase um ano de atraso; as que já tinham hábito da leitura em família aos 3 anos aumentaram o vocabulário em pelo menos 2 meses; e visitas mensais à biblioteca aumentaram o vocabulário de todas elas em 2,5 meses. Essa riqueza no repertório vai se refletir no desempenho escolar e no comportamento social. "Crianças que se atrasam nas séries iniciais correm o risco de permanecerem atrasadas ao longo do processo escolar", definiu Perri em sua apresentação. Além disso, para a pediatra, "ler para os filhos desde cedo ajuda a criança a ver os livros como fonte de prazer e de informação".
O neurofisiologista Mario Fiorani, do laboratório de Fisiologia da Cognição do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho da UFRJ, com pós-doutorado no National Institutes of Mental Health do National Institutes of Health, nos EUA, não é, de forma alguma, contra o incentivo à leitura. Mas acredita que não é só a educação formal que molda as pessoas.
- Só as habilidades linguísticas não bastam, mas a leitura pode ampliar horizontes de forma inimaginável. Isso depende, porém, de senso crítico, que pode ser inato (natural do indivíduo) ou aprendido informalmente no convívio familiar. Caso contrário, a leitura pode produzir um leitor 'compulsivo', sem grandes ganhos.
Sobre o desenvolvimento da cognição, Fiorani diz que a leitura amplia o horizonte no campo da linguagem:
- Mas os aspectos cognitivos dependem de muitos outros fatores, tanto inatos quanto adquiridos. A leitura é um bom estímulo cognitivo para melhorar o conhecimento do mundo que nos cerca. Estimula a imaginação e o leitor pode parar para pensar no que está lendo quando quiser, o que permite uma melhor elaboração do conteúdo. Mas as pessoas podem desenvolver o hábito de leitura e aprimorá-lo em qualquer idade. O estímulo precoce só vai tornar tudo mais fácil. A leitura não é um fim mas, sim, um meio. O conhecimento é uma meta.
Fonte: http://oglobo.globo.com/vivermelhor/mat/2010/08/20/especialistas-defendem-que-pais-leiam-para-filhos-partir-dos-6-meses-porque-melhora-cognicao-o-desempenho-escolar-917443625.asp
Especialistas defendem que pais leiam para filhos a partir dos 6 meses, porque melhora a cognição e o desempenho escolar
Publicada em 21/08/2010 às 23h14m
Simone Intrator RIO - Ler ou não ler para o bebê, eis uma questão que David Dickinson, doutor em educação pela Universidade de Harvard, e Perri Klass, pediatra, escritora e professora de pediatria e jornalismo da Universidade de Nova York, garantem saber responder. Sim, deve-se ler e muito, a partir dos 6 meses de vida, mas sem deixar os olhinhos do neném arregalados com a maluquice de Hamlet ou as desgraças de Rei Lear. A recomendação dos super-especialistas é incluir, em meio à troca de fraldas, a mamadeiras, passeios e choros, o folhear diário das páginas de um livro apropriado para aquela faixa etária, cheio de cores e figuras (hoje não faltam opções nas prateleiras). Para eles, esta é a melhor forma de desenvolver a inteligência da criança e a sua linguagem oral e escrita, preparando-a para a alfabetização e aprimorando sua capacidade de aprender.
Que fique claro: a ideia não é transformar o bebê num minigênio. Os especialistas, que apresentaram pesquisas científicas na Bienal de São Paulo na semana passada provando como a leitura interfere no desenvolvimento cognitivo da criança, querem prazer e interação ao som da narrativa dos pais. Os benefícios desse ritual são insubstituíveis. Não adianta só conversar com a criança ou passear descrevendo as paisagens nem inventar aventuras. Tem que ler, mostrar formas e cores e fazer perguntas ao bebê o tempo todo, estimulando sua participação.
Dickinson e Perri vieram para cá a convite da ONG Instituto Alfa e Beto (IAB), em São Paulo, e abraçaram a iniciativa da criação de uma biblioteca para bebês e o lançamento de uma cartilha com dicas das técnicas de leitura mais adequadas para cada fase. O objetivo é tornar os livros mais acessíveis também às classes sociais mais baixas, porque Oliveira acredita que o ciclo vicioso da pobreza também passa pelo ciclo vicioso da transmissão da linguagem. O IAB também criou um catálogo com 600 títulos (sim, 600!, uma média de dois por semana, dos 6 meses aos 6 anos, cerca de 100 por cada faixa etária) para serem lidos antes do ingresso ao ensino fundamental. O objetivo não é listar os melhores livros, mas, sim, dar uma ideia para os pais dos tipos de publicação adequados para a idade de seus filhos.
- O texto escrito possui uma variedade de vocabulário e uma complexidade sintática que não é encontrada na linguagem oral, nem mesmo na fala informal de adultos com curso superior - explica o fundador do IAB, João Batista Oliveira, psicólogo com PhD em Educação. - Todos os estudos mostram que expor a criança desde cedo aos livros contribui para o desenvolvimento da linguagem e, consequentemente, para o seu sucesso escolar. A formação do hábito de leitura também é importante para que a criança se torne um ávido leitor, outro fator fortemente associado ao sucesso escolar.
Mas, para tranquilizar quem perdeu o primeiro bonde, Oliveira garante que nunca é tarde para começar. Só ressalta que, quanto antes o hábito fizer parte do dia a dia da criança, melhor:
- Além de desenvolver diversas competências ligadas à alfabetização e à linguagem, a leitura também fortalece o vínculo das crianças com os pais: eles gostam de ler com os pais porque gostam dos pais. Mas a leitura deve ser participativa. Um dos aspectos mais importantes é envolver a criança, desde cedo, no processo de escolha de livros. Pergunte sempre qual a criança prefere, deixe que ela manifeste seus interesses ou crie novos. A escolha leva ao compromisso - garante o fundador do IAB.
Pelas pesquisas americanas apresentadas, das 12.500 crianças que fizeram teste de vocabulário aos 5 anos, as de famílias mais pobres tinham quase um ano de atraso; as que já tinham hábito da leitura em família aos 3 anos aumentaram o vocabulário em pelo menos 2 meses; e visitas mensais à biblioteca aumentaram o vocabulário de todas elas em 2,5 meses. Essa riqueza no repertório vai se refletir no desempenho escolar e no comportamento social. "Crianças que se atrasam nas séries iniciais correm o risco de permanecerem atrasadas ao longo do processo escolar", definiu Perri em sua apresentação. Além disso, para a pediatra, "ler para os filhos desde cedo ajuda a criança a ver os livros como fonte de prazer e de informação".
O neurofisiologista Mario Fiorani, do laboratório de Fisiologia da Cognição do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho da UFRJ, com pós-doutorado no National Institutes of Mental Health do National Institutes of Health, nos EUA, não é, de forma alguma, contra o incentivo à leitura. Mas acredita que não é só a educação formal que molda as pessoas.
- Só as habilidades linguísticas não bastam, mas a leitura pode ampliar horizontes de forma inimaginável. Isso depende, porém, de senso crítico, que pode ser inato (natural do indivíduo) ou aprendido informalmente no convívio familiar. Caso contrário, a leitura pode produzir um leitor 'compulsivo', sem grandes ganhos.
Sobre o desenvolvimento da cognição, Fiorani diz que a leitura amplia o horizonte no campo da linguagem:
- Mas os aspectos cognitivos dependem de muitos outros fatores, tanto inatos quanto adquiridos. A leitura é um bom estímulo cognitivo para melhorar o conhecimento do mundo que nos cerca. Estimula a imaginação e o leitor pode parar para pensar no que está lendo quando quiser, o que permite uma melhor elaboração do conteúdo. Mas as pessoas podem desenvolver o hábito de leitura e aprimorá-lo em qualquer idade. O estímulo precoce só vai tornar tudo mais fácil. A leitura não é um fim mas, sim, um meio. O conhecimento é uma meta.
Fonte: http://oglobo.globo.com/vivermelhor/mat/2010/08/20/especialistas-defendem-que-pais-leiam-para-filhos-partir-dos-6-meses-porque-melhora-cognicao-o-desempenho-escolar-917443625.asp
Proposta de atividade educacional. "A formação do leitor na Educação Infantil".
Descrição da atividade educacional
Tema central da atividade educacional: Formação de leitores na Educação Infantil.
Pesquisas revelam que crianças que têm contato frequente com a leitura e a escrita desde cedo, apresentam aptidão para desenvolver o hábito de ler.
O contato com livros e a contação de histórias devem ser rotinas na Educação Infantil e até mesmo para os bebês.
Objetivos de aprendizagem:
* Estimular o contato com livros, revistas e outros materiais impressos.
* Estimular os pais a contar histórias para seus filhos.
* Ampliação da linguagem oral.
* Leitura de imagens e sequenciação.
Segmento de ensino: Educação Infantil, alunos de 1 e 2 anos.
Ferramentas da web utilizadas:
* youtube
*blog da escola
*google docs
Metodologia de aplicação:
Essa é uma atividade que deve ser frequente. Inicialmente, começamos com a disposição de livros de materiais adequados aos alunos para que eles pudessem manuseá-los. Outras atividades foram inseridas aos poucos, como a leitura de livros de imagens com a turma, dramatizações, fantoches etc. Atividades em que serão utilizadas as ferramentas da web:
* Dramatização da história dos “Três porquinhos” com a turma. A dramatização será filmada e postada no youtube.
* Todas as fotos e atividades da turma durante o projeto serão postados no blog da escola, a fim de que os pais acompanhem o projeto.
* Pesquisa com os pais, através de preenchimento de formulário no google docs. (Formulário disponível para os pais no blog da escola)
https://spreadsheets.google.com/viewform?formkey=dGdYMUNBOGFaY1AzZHVGTkN2aTNlZVE6MQ (link do formulário)
* Ciranda de livro: os livros da sala serão levados para a casa dos alunos, todos os fins de semana, e os pais deverão ler com eles. Na segunda-feira, trarão os comentários das experiências. Os comentários serão editados e postados no blog da escola semanalmente.
forma de avaliação: A avaliação será ao longo das atividades, percebendo a interação dos alunos e a evolução no vocabulário.
cronograma: Seis meses. ( até o fim do ano)
Material de apoio:
BAMBERGER, Richard. Como incentivar o hábito de leitura. São Paulo: Ática, 2004.
COELHO, Nelly Novaes. Literatura Infantil: teoria, análise, didática. Moderna, 2000.
http://www.youtube.com/watch?v=1MUGpGx1gu8
http://www.youtube.com/watch?v=bYLYBJE_x2g
http://antigo.revistaescola.abril.com.br/edicoes/Esp_017/aberto/mt_especial_283148.shtml
https://spreadsheets.google.com/viewform?formkey=dGdYMUNBOGFaY1AzZHVGTkN2aTNlZVE6MQ
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